quinta-feira, 4 de setembro de 2008

O BLACK METAL


O Black Metal congelou em sua forma atual com influências de bandas norueguesas como Dark Throne, Carpathian Forest, Burzum, Mayhem, Immortal e Emperor, que começou com o estilo mais simples e foi adicionando elementos do Heavy Metal original, música Clássica e Hardcore Punk e popularizou o estilo, saindo dos guetos e tornando-se apreciado por muitas pessoas ao redor do mundo.


O BLACK METAL NA SEGUND METADE DOS ANOS 90


Durante os últimos anos da década de 90, o Black Metal se desvencilhou dos ideais neo-nazistas, da violência, preconceito e intolerância, que eram notórios no underground, quando bandas como Dimmu Borgir começaram a ganhar destaque na mídia, usando sons de música clássica e um teclado muito mélodico e dando o ritmo da música, o que antes era uma tarefa da guitarra e também quando Dimmu Borgir, Cradle Of Filth e Children Of Bodom começaram a tocar em grandes festivais europeus. Com isso as bandas norueguesas de Black Metal que tocavam um som mais underground também ganharam mais atenção da mídia, não mais por assassinatos e queima de igrejas, mas sim por sua música.


As bandas antigas de Black Metal adotavam o chamado Corpse Paint, um tipo especial de maquiagem das cores preta e branca pra enfatizar sua aparência demoníaca. Alguns músicos de Black Metal, especialmente na Noruega, estão envolvidos em assassinatos e na queima de diversas igrejas.

O Black Metal provou que é um gênero muito difícil de se categorizar. Alguns fãs e músicos têm um conceito firme de gêneros e subgêneros, mas outros rejeitam toda essa categorização como sendo um meio de limitar o Black Metal. Existe uma diferença de uma categoria para outra e há ainda os gêneros que usam a musicalidade e o estilo de outros tipos de música.O Black Metal geralmente consiste em distorção pesada, guitarra extremamente rápida, vocais guturais e bateria muito rápida. O gênero faz um extensivo uso de repetição, e algumas faixas são musicalmente muito fracas. As letras geralmente são de cunho satânico, falando sobre o satanismo e blasfemando todas as crenças cristãs, mas também se fala de outros temas ocultos.

O TRASH METAL


O Thrash ou Trash Metal é um estilo de Heavy Metal caracterizado pelo som das guitarras muito distorcido e muito rápido, com presença de Death Metal. As letras são na maioria das vezes críticas contra governos, políticos, religião, em algumas músicas cantadas de forma muito rápida, o que dificulta a sua compreensão. Em poucas palavras, pode-se dizer que o Thrash Metal é o Heavy Metal tocado de forma mais ríspida e crua (daí seu envolvimento com o punk), mas mantendo a técnica, o peso e a agressividade característicos do estilo.O Trash Metal surgiu na década de 1980, na Bay Area de São Francisco. Historicamente seu nascimento é idenficado com o lançamento do álbum "Kill 'Em All" do Metallica (que depois evoluíram para Death Metal e Heavy Metal). Em paralelo podem ser considerados também criadores do estilo a banda Slayer.

O Thrash Metal viveu seu grande momento nos anos 80, época em que surgiram infinitos grupos que perpetravam sua proposta. Alguns nomes importantes dentro do Thrash, excetuando-se os já citados: Testament, Megadeth, Destruction, Xentrix, Nasty Savage, Whiplash, Overkill, Agent Steel, Assassin, Kreator, Sepultura, Flotsam and Jetsam, Coroner, Dark Angel, Nuclear Assault, At War, Iron Angel, Possessed, Onslaught, Sodom, Tankard, Artillery, Sabbat, o brasileiro Sepultura e muitos, muitos outros de menor expressão.

A importância do Thrash para a música pesada é inegável, tendo sido sua expressão mais importante durante os anos 80 e fundamental para a lapidação do death metal. Atualmente, grupos thrash ainda existem, com uma sonoridade ligeiramente diferente, mas bem-sucedida.

O Metal ou Heavy Metal é um estilo musical derivado do rock, caracterizado pela predominância sonora de guitarras sob o efeito de pedais de distorção, com ritmos rápidos, amplificados e freqüentemente virtuosos. De maneira geral, as letras possuem ou um caráter contestador (muito embora sejam na maior parte das vezes uma contestação ingênua e adolescente), ou fazem referência às passagens de mitologias de várias parte do mundo, especialmente as mitologias nórdica e greco-romana.
O Heavy Metal surgiu em contraposição ao movimento hippie dos anos 60, a era da Paz e Amor. Suas origens residem nas bandas de hard rock que entre 1967 e 1974 pegaram o blues e o rock e criaram um híbrido com som pesado centrado nas guitarras e na bateria.

A Origem do termo Heavy Metal



A origem do termo heavy metal é um tanto nebulosa. Dizem que ele teria sido retirado dos versos "I like smoke and lightning, heavy metal thunder" [Eu gosto de fumaça e raios, trovão de metal pesado, em inglês], da famosa "Born to Be Wild", da banda californiana dos anos 60 Steppenwolf.
- O escritor Mike Jahn, crítico de rock do jornal "New York Times" na época, diz ter sido o primeiro a escrever a expressão. "No fim dos anos 60 e no começo dos 70, muitas bandas usavam o imaginário metálico ou de equipamentos pesados em seus nomes: Led Zeppelin, Iron Butterfly, Grand Funk Railroad e MC5 (Motor City Five). “Eu os descrevi citando a frase "heavy metal thunder", do Steppenwolf".”
- O nome de outro crítico também aparece como pai do metal: Lester Bangs teria inventado o termo quando trabalhava na mítica revista "Creem", nos anos 70.
- Uma origem menos provável é a de a expressão ter sido retirada do romance beat "Almoço Nu" (1959), de William Burroughs (1914-1997).
O metal teve o auge de sua popularidade nos anos 80, no qual o mundo viu o nascimento do movimento NWOBHM (“New Wave Of British Heavy Metal”, ou, em português, “Nova Onda do Heavy Metal Britânico”) foi cunhado em 1979 pelo jornalista Geoff Barton, que escrevia para o semanário inglês “Sounds”. A chamada época de ouro do metal viu milhares de banda despontando com destaque para Iron Maiden, Judas Priest, Saxon, Def Leppard entre outras.
Para a próxima coluna: alguns termos que você pode usar e outros os quais você JAMAIS deve usar dentro do Heavy Metal.

O Termo "Metaleiro"


Diz a lenda que o termo “metaleiro” foi criado pela reportagem da Rede Globo durante a cobertura da primeira edição do Rock In Rio, em 85, que, vendo como um público gigantesco estava indo nesta direção do rock e resolveu rotular. Já é provado que a globo não faz o dever de casa em muitas de suas reportagens e em vez de pesquisar mais sobre os assuntos (é só lembrar do caso da morte do guitarrista da banda Pantera, mas esse é um assunto para outro dia), resolve ir lá e colocar sua “própria opinião”. Então vamos imaginar a cena: uma multidão de cabeludos, tatuados, todos com roupas pretas. Obviamente que a repercussão não foi a das mais favoráveis.
E assim, foi definido que “metaleiro” = baderneiro, usuários de drogas, satanistas e muitas outras definições que infelizmente até hoje ainda tem gente que faz essas comparações.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Leiam um poko sobre HEAVY METAL


O heavy metal é um gênero musical que nasceu com base no hard rock inglês, a partir do qual surgiram todos os outros sub-gêneros (thrash metal, black metal etc.). O metal se caracteriza pela predominância sonora de guitarras amplificadas, por vezes sob o efeito de pedais de distorção, com ritmos marcantes, uso de amplificação, e solos longos e virtuosos de bateria, baixo e, principalmente, de guitarra.


Alguns apontamentos sobre a experiência simbólica a partir das letras, crânios, demônios e sonhos do heavy metal


O heavy metal é um estilo musical rico em imagens calcadas em monstros e monstruosidades, ou teratológicas, como figuras demoníacas, crânios e uma série de elementos ligados à idéia de escuridão. Esse campo imagético é muito caro à psicologia analítica e a idéia de “experiência simbólica” na obra de C.G. Jung. O presente trabalho procura compreender a partilha imagética e as letras do rock pesado através do método de amplificação da psicologia analítica, abrindo espaço para se pensar o heavy metal como busca de “territórios existenciais que possibilitem exercitar uma subjetividade situada além dos espaços normatizados (tais como família, escola e trabalho)”[1]. Como observou C.G. Jung, falando a respeito da utilização da amplificação no processo interpretativo das imagens simbólicas: “O método, com efeito, se baseia em apreciar o símbolo, isto é, a imagem onírica ou a fantasia, não mais semioticamente, como sinal, por assim dizer, de processos instintivos elementares, mas simbolicamente no verdadeiro sentido, entendendo-se ‘símbolo’como termo que melhor traduz um fato complexo e ainda não claramente apreendido pela consciência”[2]. Procurando compreender os símbolos metálicos e as significações veiculadas por essas imagens e letras é possível perceber que os símbolos possibilitam a compreensão da “experiência vivida” no Heavy metal como um espaço onírico que permite aos headbangers[3] a partilha de sentimentos e atitudes diante do mundo contemporâneo.
A amplificação no método de compreensão do simbólico, seja em relação às imagens individuais ou coletivas, explora as analogias e a compreensão histórica. Esse tipo de abordagem exige uma oscilação entre texto e contexto, o que caracteriza uma espécie de espiral interpretativa. “Mas só podemos falar do símbolo se primeiro aceitarmos que ele também reúne uma dimensão linguística, assim podemos pensar numa semântica simbólica, ou seja, um campo teórico que trabalha as dimensões dos sentidos e significações. Sem essa premissa o estudo dos símbolos tende a se fechar em um labirinto metafísico”
[4].
Como expressão e produto nascido dentro da esfera dos chamados “meios de comunicação de massa”, o heavy metal é permeado pela utilização de diversos elementos expressivos: formas verbais, musicais ou imagética; caraterizando a idéia de uma possível “linguagem metálica”, produtoras de mensagens específicas dentro do universo tribal do rock pesado, possibilitando uma diferenciação do fã de heavy metal de outros grupos urbanos como “funkeiros” e “rastafaris”, instituindo um código baseado na música distorcida, pesada e nas imagens utilizadas pelos headbangers. Esses elementos não se inscrevem somente numa relação de identidade e indiferenciação, eles são elementos que vivenciados simbolicamente instauram a idéia de um processo comunicacional característico do heavy metal.
[1] Jeder Janotti Jr.. Heavy Metal: O Universo Tribal e o Espaço dos Sonhos, Campinas, Unicamp, 1994 (mimeo, dissertação de mestrado apresentado junto ao Departamento de Multimeios).
[2] C.G.Jung, A Natureza da Psique, Petrópolis, Vozes,1986, p.7.
[3] Literalmente headbanger significa batedor de cabeça, uma alusão à dança dos fãs de heavy metal caracterizada pelo ato de rodopiar e mover a cabeça continuamente para cima e para baixo de maneira cadenciada e agressiva. O termo é utilizado pelas publicações especializadas e pelo próprio grupo para designar o fã de Rock Pesado.
[4] Jeder Janotti Jr. A Experiência Simbólica, Texto apresentado na V Compós (São Paulo) 1986, (mimeo).


Jeder Janotti Jr.
Faculdade de Comunicação/UFBA

"Heavy Metal"

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Vovo do Metal Heavy Metal